Insuspeito

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30 julho 2007

Imobiliário turístico e PROTAL

Miguel Freitas, o presidente do PS/Algarve, tem alguma razão na reacção às palavras de Macário Correia sobre os projectos que José Sócrates veio apadrinhar, este fim-de-semana, ao Algarve.
Também eu, ao contrário de Macário Correia, tenho muitas dúvidas se todos esses projectos não serão compatíveis com o PROTAL.
Em boa verdade, serão.
Mas não pelos motivos que invoca Miguel Freitas.
Os projectos que Sócrates veio apadrinhar são todos compatíveis com o PROTAL porque é de um plano onde tudo cabe e onde nada cabe que se trata.
O PROTAL é tão restritivo e ao mesmo tempo tão permissivo que dá para quase tudo.
Ou seja.
Se o Governo quiser, aprova o que quiser e chumba o que quiser.
É uma questão de 'vontade política' ou de falta dela.
Miguel Freitas achará que não, concerteza. O presidente do PS/Algarve achará que é um excelente plano e que todos os projectos apadrinhados cumprem com o PROTAL e respeitam o ordenamento e o planeamento territorial. Está no seu papel...
Mas Macário tem razão numa coisa.
Os tais projectos são muito mais iniciativas imobiliárias com uma componente turística do que iniciativas turísticas com uma componente imobiliária.
E que, ao contrário do que Sócrates diz, não é por esses empreendimentos e por causa desses 'mega-anúncios' que o Algarve vai requalificar a sua oferta turística. São investimentos importantes, sem dúvida, com impactes ambientais negativos, impactos económicos e sociais positivos, sem dúvida, mas não são 'novidade' nem o mais importante de tudo. São sinais.
Mais importante, e isso passou ao lado da atenção da comunicação social, é a formação dos activos da hotelaria e da restauração e levar por diante uma, duas ou tantas escolas de formação hoteleira quantas forem necessárias. Sócrates anunciou uma nova escola hoteleira, e fez bem. É prioritário!
Mas porquê tanta pompa e circunstância à volta de algo que tem tão pouco de novidade para a região - como os novos 'resorts' - e que levou uma eternidade para ter luz verde!?
Porque sim. Porque é fundamentalmente do show-off que vive a política dos governos.

2 Comentários:

Às 8:55 da manhã , Anonymous Anónimo disse...

É necessária a criação de empresas para garantir emprego.
Entre ilusões e postos de trabalho, nem tudo neste país é deprimente e inacreditável, é óbvio que tem vantagens, vai criar mais postos de trabalho e investimento. Qualquer político hoje que transmita com eficiência e credibilidade a imagem de que vai atuar pelos mais pobres e aqueles sem emprego será recompensado com o voto.

Afinal, palavras ou actos?

 
Às 10:26 da manhã , Anonymous Anónimo disse...

Actuar pelos mais pobres?Neste caso Sócrates está apenas e só a actuar pelos mais ricos!Essa é que é a verdade, nua e crua.

 

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