Mais pobres
A realidade, nua e crua, do Relatório de Contas de 2006, aprovado pela Câmara Municipal, é muito objectiva. E evidente.
Arrecadação recorde de receitas - sobretudo de IMI e IMT -, recorde absoluto de despesas de funcionamento (32 milhões de euros, aprox.), execução do plano de investimentos para 2006 abaixo dos 50%.
E níveis de investimento similares aos registados antes de 2001.
Ou seja, apesar da duplicação da receita relativamente a 2001, a Câmara Municipal de Lagos investe idêntico valor em obras do que fazia quando as receitas eram metade das actuais.
Quer dizer que, apesar da duplicação da receita, o dinheiro proveniente dos impostos municipais continua a ter por destino o pagamento do aumento exponencial do custo de funcionamento da máquina camarária, o qual duplicou em apenas cinco anos, já que, quando Júlio Barroso iniciou funções como presidente, as despesas correntes anuais cifravam-se em 16 milhões de euros.
Em suma, hoje gastamos o mesmo que antes em investimento. A despesa corrente é que nos custa a todos o dobro do que custava antes.
Somos hoje um concelho mais pobre, portanto.
PS: Em 2001, a despesa corrente por habitante era de 573 euros; actualmente é de 1181 euros por habitante. E a população até aumentou...
(Voltarei ao tema, obviamente)
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