
A haver algum preconceito ideológico acerca das empresas municipais, será da parte de outros partidos que não daquele pelo qual dou a cara.
O PSD, ideologicamente, aceita as empresas municipais de uma forma natural. Desde e sempre que elas se justifiquem. Desde que se anuncie e fundamente a opção. Esta é, digamos assim, a orientação geral.
Somos, naturalmente, diferentes de outras forças partidárias que são dogmáticas contra a adopção de modelos alternativos de gestão pública autárquica.
É, portanto, equívoca, a comparação da posição do PSD local com os casos de outros concelhos em que se optou, e bem, pelo voto favorável.
Primeiro, porque essas empresas municipais criadas e pensadas para outros concelhos do Algarve nada têm que ver com as que foram criadas pelo PS local. Têm objectos sociais e áreas de intervenção perfeitamente claros, o que não acontece com Lagos.
Depois porque se trata de ambientes de gestão autárquica, política e financeiramente, distintos dos de Lagos.
Não vejo, portanto, que alguém fique a ganhar com os gases de escape com que o PS tenta poluir o ambiente democrático local ao dizer que nuns lados o PSD vota a favor e cá, "só porque é do contra", vota contra.
Ou será que, na alusão ao caso concreto de Vila Real de Santo António, o que o PS/Lagos realmente quer é censurar o PS vilarealense por ter votado contra e inviabilizado a proposta da maioria PSD?