Lagos: Resumir desequilíbrio financeiro da Câmara a mera crise de tesouraria é laracha ao nível dos Parodiantes de Lisboa
A Câmara de Lagos aprovou na última reunião uma nova reestruturação de serviços. Trata-se da terceira feita no curto período de quatro anos, facto que habilita a Autarquia gerida pelo Dr. Júlio Barroso ao galardão de recordista nacional de reestruturações orgânicas em tão pouco tempo e que fala por si só sobre a ausência de uma ideia consistente do Executivo PS sobre o funcionamento da estrutura municipal com vista à prestação de um melhor serviço aos cidadãos.
No seu Despacho que a determinou, o presidente da Autarquia sustenta a opção da nova reestruturação fundamentalmente com o plano de saneamento financeiro que a Câmara se prepara para aprovar e com a necessidade de poupar para fazer face àquilo que classifica de "dívida de tesouraria" ou, como já temos ouvido e lido, de "dívida a fornecedores".
Duas coisas são deveras assinaláveis nesta iniciativa do PS.
Desde logo o facto da poupança não ter sido uma preocupação subjacente à última reorganização de serviços feita apenas há um ano atrás quando a dívida a fornecedores era idêntica -se não mesmo ligeiramente maior- da que hoje se regista. Há um ano atrás, apesar da crise, o PS considerava que a Câmara só funcionaria bem com 19 cargos dirigentes (direcções de departamento e chefias de divisão). Hoje, apesar da mesmíssima crise, acha que devem ser só 4 chefes de divisão e nenhum director. A outra, deveras cómica, é o PS insistir na ideia de um desequilíbrio financeiro meramente circunstancial, de conjuntura, querendo que acreditemos que a dívida total é de "apenas" 25 milhões de euros, quando há relatórios dos revisores de contas que dizem não estarem contabilizados, como deviam, os 45 milhões de dívidas referentes às PPP's do edifício municipal e dos parques de estacionamento, e quando há muito sabemos que há mais 10 milhões de acordos de regularização que jamais apareceram nas contas.
Sabendo-se que as coisas não são, de facto, como o PS as quer pintar, é ou não uma laracha ao nível dos Parodiantes de Lisboa ver o Dr. Júlio Barroso insistir em resumir o desequilíbrio financeiro da Câmara de Lagos a uma mera e passageira crise de tesouraria?
No seu Despacho que a determinou, o presidente da Autarquia sustenta a opção da nova reestruturação fundamentalmente com o plano de saneamento financeiro que a Câmara se prepara para aprovar e com a necessidade de poupar para fazer face àquilo que classifica de "dívida de tesouraria" ou, como já temos ouvido e lido, de "dívida a fornecedores".
Duas coisas são deveras assinaláveis nesta iniciativa do PS.
Desde logo o facto da poupança não ter sido uma preocupação subjacente à última reorganização de serviços feita apenas há um ano atrás quando a dívida a fornecedores era idêntica -se não mesmo ligeiramente maior- da que hoje se regista. Há um ano atrás, apesar da crise, o PS considerava que a Câmara só funcionaria bem com 19 cargos dirigentes (direcções de departamento e chefias de divisão). Hoje, apesar da mesmíssima crise, acha que devem ser só 4 chefes de divisão e nenhum director. A outra, deveras cómica, é o PS insistir na ideia de um desequilíbrio financeiro meramente circunstancial, de conjuntura, querendo que acreditemos que a dívida total é de "apenas" 25 milhões de euros, quando há relatórios dos revisores de contas que dizem não estarem contabilizados, como deviam, os 45 milhões de dívidas referentes às PPP's do edifício municipal e dos parques de estacionamento, e quando há muito sabemos que há mais 10 milhões de acordos de regularização que jamais apareceram nas contas.
Sabendo-se que as coisas não são, de facto, como o PS as quer pintar, é ou não uma laracha ao nível dos Parodiantes de Lisboa ver o Dr. Júlio Barroso insistir em resumir o desequilíbrio financeiro da Câmara de Lagos a uma mera e passageira crise de tesouraria?
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