O alcance de algumas decisões
E o objectivo que a Câmara Municipal quer atingir quando manda repavimentar arruamentos da forma como o tem feito no centro histórico de Lagos parece ser, tão só, o da melhoria das condições de circulação automóvel.
As recentes intervenções na rua Lançarote de Freitas e travessa do Mineiro e as anteriores, na rua Cândido dos Reis e Dr. Joaquim Telo, p. ex., em nada diferem do espírito de há mais de 30 anos quando se estreitaram os passeios e se alcatroaram as ruas antigas da cidade por cima do pavimento original, semi-permeável.
Pois.
Hoje, quando nos dias europeus sem carros se apregoam 'melhores ruas para todos', se anunciam medidas de privilégio do peão, se fala de sustentabilidade e de vanguarda ambiental, se diz defender o património histórico, se quer voltar ao antigamente, valorizar a arqueologia, etc, etc, como compreender decisões de tão fraco alcance como estas?
Como compreender que as ruas do centro histórico de Lagos sejam tratadas quase como as avenidas extra-muralhas?
Intervenções do tipo das que agora se repetiram serão agradáveis para os carros circularem nelas, para esconder os buracos que ficaram por debaixo, para impressionar alguns com a força do alcatrão. Pouco mais.
O que não são é melhores para prevenir as cheias e as enxurradas, porque o solo fica 100% impermeável, nem para favorecer o peão, porque os passeios continuam tão estreitos como eram, nem para aumentar as condições de segurança, porque os carros andam cá dentro ainda mais depressa (o piso é propício a isso).
Enfim, são decisões de muito curto alcance para objectivos de alcance nenhum.
O dinheiro, esse, gasta-se na mesma.
1 Comentários:
pois....em terra de ricos...até os pobres são REIS!!! Viva a ditadura
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