Insuspeito

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04 junho 2006

Torneira Seca

Se bem percebi das palavras de Oliveira Martins, presidente do Tribunal de Contas, numa entrevista concedida a uma estação de rádio, no passado Sábado, 3 de Junho, o primeiro-ministro prepara-se para fazer aprovar nova legislação para fiscalizar as empresas municipais cujo objecto social é demasiado amplo e indefinido, com vista a dar-lhes igual tratamento ao dos municípios em matéria de fiscalização prévia de determinados actos.
A confirmar-se, quererá isto dizer que, contornar, por via da criação de uma empresa municipal, a lei das finanças locais e os constrangimentos impostos à assunção de despesas, nomeadamente, ao aumento das despesas com a contratação de pessoal, não vai ser tão fácil como alguns achariam possível.
O que quererá dizer que, sendo via câmara municipal ou empresa municipal, se o dinheiro sai do mesmo cofre, a lei aplicável será a mesma.
Portanto, a confirmar-se o anúncio, não será possível mascarar qualquer aumento real e efectivo da despesa.
Pois, quem julgou que a torneira não era mesmo para fechar, enganou-se.
(A confirmar-se) É mesmo para puxar os cordões à bolsa.

6 Comentários:

Às 7:23 da tarde , Blogger Vereador da Tanga disse...

Concordo inteiramente com essa nova lei.Discordo é do facto do autor lançar o pressuposto que Empresa Municipal é sinónimo de contornar a lei das finanças locais,mascarando assim o aumento da despesa.Era isso que a Camara onde o autor trabalha pretendia ao ter tentado criar uma EM?

 
Às 8:30 da tarde , Blogger Nuno Marques disse...

Que o autor saiba, não. Mas parece que é essa a finalidade do partido mentor da proposta de criação de duas empresas municipais para o concelho de Lagos, câmara onde o autor tem responsabilidades políticas e votou convictamente contra, por achar que se vão duplicar estruturas e custos. E por achar que dessa forma não se está a defender os interesses actuais e futuros do município mas sim a gerir sem grande sentido de respeito pelos dinheiros públicos.
Essa foi e é a nossa posição. E é, também, a posição da CDU.

 
Às 9:25 da tarde , Blogger Vereador da Tanga disse...

Nunca o tive como uma pessoa distraida,mas pelos vistos estava enganado.Ao fim de dezenas de anos de Empresas Municipais por todo país(independentemente da cor politica),só depois da CML dar a conhecer a sua intenção, é que descobriu (pelo menos publicamente) os maleficios e o que está por detras das ditas cujas.

 
Às 10:09 da tarde , Anonymous Anónimo disse...

Fiscalizar as EM? Isso é suficiente pra tirar o sono ao nosso presidente!!!

 
Às 11:01 da tarde , Anonymous Anónimo disse...

Pensei que a expressão "puxar os cordões à bolsa" significava "abri-la" para retirar as moedas e fazer os inevitáveis pagamentos...

 
Às 9:43 da tarde , Anonymous Anónimo disse...

Também não sou contra as empresas municipais, mas sim contra o facto de serem criadas por gestores despesistas - o que não augura nada de bom.

 

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