"Disparatados e irresponsáveis", nós!?
Lagos foi o Centro de Emprego do Algarve onde o número de inscritos mais subiu (24,8%)
I
Os números são objectivos, reais e muito cruéis. No final deste ano serão mais de trinta mil os desempregados no Algarve. Trinta mil...
Trinta mil a somar a tantos outros que com eles compõem o negro quadro social de uma região que na última década assistiu à explosão impiedosa da Pobreza entre a sua população residente, não obstante a bolha imobiliária e a ilusão de riqueza a ela associada..
Pelo menos até Março do ano que vem, viveremos dos piores meses de sempre nesta que é uma das regiões portuguesas campeã do aumento do desemprego.
Trinta mil a somar a tantos outros que com eles compõem o negro quadro social de uma região que na última década assistiu à explosão impiedosa da Pobreza entre a sua população residente, não obstante a bolha imobiliária e a ilusão de riqueza a ela associada..
Pelo menos até Março do ano que vem, viveremos dos piores meses de sempre nesta que é uma das regiões portuguesas campeã do aumento do desemprego.
Relativamente a igual período do ano passado, Lagos foi o Centro de Emprego do Algarve onde o número de inscritos mais subiu (24,8%). Isso diz muito.
E, ao mesmo tempo que o Governo responde com uma áspera austeridade ao buraco para onde nos conduziram as suas políticas pseudo-sociais da última meia-década, os socialistas de Lagos seguem o exemplo de José Sócrates no que toca a espremer os cidadãos até ao último cêntimo das suas poupanças, facturar fiscalmente a qualquer preço e arrecadar as receitas necessárias para fazer face ao monstro que eles próprios criaram para aguentar o Poder a qualquer custo.
E, ao mesmo tempo que o Governo responde com uma áspera austeridade ao buraco para onde nos conduziram as suas políticas pseudo-sociais da última meia-década, os socialistas de Lagos seguem o exemplo de José Sócrates no que toca a espremer os cidadãos até ao último cêntimo das suas poupanças, facturar fiscalmente a qualquer preço e arrecadar as receitas necessárias para fazer face ao monstro que eles próprios criaram para aguentar o Poder a qualquer custo.
Sim, porque em matéria de resultados sociais e económicos os resultados das suas políticas são... o que são - Menor geração de riqueza do que outros, muito maior desemprego que os outros.
“A Câmara não tem dinheiro” diz-nos Júlio Barroso, citado numa notícia do jornal “Correio da Manhã”... Vai daí, toca de aumentar (quase) todos os impostos municipais para o máximo, as taxas e tarifas para valores insuportáveis, as derramas sobre as empresas, idem aspas, etc.
É esse o caminho do PS/Lagos para gerar as receitas municipais para pagar o monstro mas não para gerar emprego e riqueza para os cidadãos. Não conhecem outro caminho.
“A Câmara não tem dinheiro” diz-nos Júlio Barroso, citado numa notícia do jornal “Correio da Manhã”... Vai daí, toca de aumentar (quase) todos os impostos municipais para o máximo, as taxas e tarifas para valores insuportáveis, as derramas sobre as empresas, idem aspas, etc.
É esse o caminho do PS/Lagos para gerar as receitas municipais para pagar o monstro mas não para gerar emprego e riqueza para os cidadãos. Não conhecem outro caminho.
Agora, a culpada é a crise internacional, antes, o mérito não era da bolha imobiliária internacional mas, claro, só deles próprios, diziam na sua grande humildade!
Esquecem-se, também, que José Sócrates, obrigado pelo PSD e pelos Mercados a fazê-lo, também teve de mexer do lado da Despesa primária, algo a que Júlio Barroso resiste apesar de algumas declarações "politicamente correctas", dos anunciados “cortes na limpeza urbana” e de reuniões semanais para decidir, in extremis, sem qualquer estratégia inerente a isso, o quê e como cortar quinhentos euros aqui, mil e setecentos ali, dois mil e trezentos acolá… Como se nisso residisse o essencial do problema e não, verdadeiramente, o acessório.
Esquecem-se, também, que José Sócrates, obrigado pelo PSD e pelos Mercados a fazê-lo, também teve de mexer do lado da Despesa primária, algo a que Júlio Barroso resiste apesar de algumas declarações "politicamente correctas", dos anunciados “cortes na limpeza urbana” e de reuniões semanais para decidir, in extremis, sem qualquer estratégia inerente a isso, o quê e como cortar quinhentos euros aqui, mil e setecentos ali, dois mil e trezentos acolá… Como se nisso residisse o essencial do problema e não, verdadeiramente, o acessório.
Acordou para a crise em 2010, o mesmo homem para quem, em 2009, depois de um ano de crise instalada, eram só rosas!
Antes de mais, só uma pergunta: - A despesa tem decrescido muito com as drásticas medidas por si tomadas, e a que ritmo?
Já agora, outra pergunta: E a Dívida, tem caído ou aumentado (muito)?
Agora, insiste o PS numa curiosa ladaínha. Que a culpada dos azares que lhes aconteceram, além da crise internacional, também é a irresponsável da Oposição, que propõe (cumprir o seu programa eleitoral e) diminuir as taxas do IMI em Lagos... a pensar primeiramente nas pessoas de Lagos e nas suas dificuldades, dizemos nós!
Sim, o IMI, precisamente a receita corrente fixa que tem crescido (e vai continuar a crescer...) sistematicamente nos últimos dez anos, conforme ilustra o gráfico abaixo, constante do documento municipal que serve de base à previsão das receitas para o ano de 2011. E esta hein!? Onde é que está, então, o nosso disparate?
Mas se não é tempo de prescindir de nenhuma receita (conforme diz o senhor presidente da Câmara de Lagos) qual a razão para manter a Taxa Municipal de Urbanização em apenas 20% do que devia ser, segundo os seus próprios estudos?
Porquê continuar a repartir pelos contribuintes, indiferenciadamente, os outros 80% da factura dos custos com a manutenção e gestão do sector, contrariando o princípio tão em voga de que todos os sectores municipais devem tender para a sua auto-sustentação?
E não se pense que essa é uma política ou uma opção de hoje ou de ontem porque, no auge da bolha imobiliária, em 2007, quando foi feito esse estudo e deliberados esses valores, também assim já era.
Afinal de contas, há receitas de que a Câmara prescinde, não é verdade PS?
Porém, para o nosso tão responsável e nada demagogo, tão de esquerda e nada burguês, Júlio Barroso, é a Oposição e não ele que é irresponsável, alarmista e disparatada quando, em Lagos, aliás à semelhança de outras oposições PS's de concelhos vizinhos do nosso (Silves, Albufeira, Lagoa...), defendemos, justamente, que não se massacrem mais os cidadãos com impostos municipais que eles não mais conseguem suportar e que se compensem os cidadãos pelo assalto, continuado e impiedoso, ocorrido nos últimos anos, da Câmara Municipal às suas poupanças.
Porém, para o nosso tão responsável e nada demagogo, tão de esquerda e nada burguês, Júlio Barroso, é a Oposição e não ele que é irresponsável, alarmista e disparatada quando, em Lagos, aliás à semelhança de outras oposições PS's de concelhos vizinhos do nosso (Silves, Albufeira, Lagoa...), defendemos, justamente, que não se massacrem mais os cidadãos com impostos municipais que eles não mais conseguem suportar e que se compensem os cidadãos pelo assalto, continuado e impiedoso, ocorrido nos últimos anos, da Câmara Municipal às suas poupanças.
Estará a acusar do mesmo os seus camaradas desses outros concelhos?
Sério e politicamente honesto será conseguir pagar por ano pouco mais de 30 milhões de euros de despesas correntes e orçamentar aproximadamente 45 milhões, verba prevista no Orçamento para o ano de 2011, proposto pelo PS/Lagos? Isso é que é sério?
Mas, voltando questão, porquê, realmente, exigirem-nos, neste ano de agonia, ainda mais impostos municipais do que nos anos anteriores, chamados de vacas gordas?
A resposta parece-me evidente e vai para além da mera lógica dos números e do 'deve e haver'.
Se este até é o último mandato de Júlio Barroso, se o actual presidente, teoricamente, já não precisa de mais 'populismos' nem de alimentar clientelas a qualquer preço para manter-se no Poder, então porquê toda esta sua insensibilidade social?
Para estes exemplares solidários de esquerda, como os nossos governantes locais gostam tanto de dizer que são, em primeiro lugar estarão sempre eles próprios, a sua vaidade pessoal, a Câmara que consideram deles próprios, a obra (não paga) que acham ser deles próprios, o estatuto deles próprios e o Poder deles próprios e dos seus? Em segundo lugar, estarão os cidadãos e o seu bem-estar?
Se para pagarem a sua errante política tiverem de empobrecer a sociedade, de provocar desemprego, fá-lo-ão, sem apelo nem agravo, como se vê, pouco se importando, verdadeiramente, com os outros e com o fortalecimento da Economia local no seu todo (e não de apenas uma pequena parte ou sector específicos), da livre-iniciativa e da sociedade civil?
Sim, essa é a resposta, óbvia, que me parece.
É a política do "quanto mais pobres mais brilhante será a nossa política social."
É a política do "antes eles todos pobres do que nós fora do Poder".
É essa, verdadeiramente, a sua política e o seu reiterado disparate.
Não a nossa política, nem os nossos disparates.
A resposta parece-me evidente e vai para além da mera lógica dos números e do 'deve e haver'.
Se este até é o último mandato de Júlio Barroso, se o actual presidente, teoricamente, já não precisa de mais 'populismos' nem de alimentar clientelas a qualquer preço para manter-se no Poder, então porquê toda esta sua insensibilidade social?
Para estes exemplares solidários de esquerda, como os nossos governantes locais gostam tanto de dizer que são, em primeiro lugar estarão sempre eles próprios, a sua vaidade pessoal, a Câmara que consideram deles próprios, a obra (não paga) que acham ser deles próprios, o estatuto deles próprios e o Poder deles próprios e dos seus? Em segundo lugar, estarão os cidadãos e o seu bem-estar?
Se para pagarem a sua errante política tiverem de empobrecer a sociedade, de provocar desemprego, fá-lo-ão, sem apelo nem agravo, como se vê, pouco se importando, verdadeiramente, com os outros e com o fortalecimento da Economia local no seu todo (e não de apenas uma pequena parte ou sector específicos), da livre-iniciativa e da sociedade civil?
Sim, essa é a resposta, óbvia, que me parece.
É a política do "quanto mais pobres mais brilhante será a nossa política social."
É a política do "antes eles todos pobres do que nós fora do Poder".
É essa, verdadeiramente, a sua política e o seu reiterado disparate.
Não a nossa política, nem os nossos disparates.
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