Insuspeito

Ambiente e Urbanismo. E-mail: nunomarques2009@gmail.com. Também no FACEBOOK, em www.facebook.com\nunomarques2009.

28 dezembro 2008

O triunfo dos ‘shoppings’ e a lição de Vila Real de St.º António


Sessenta lojas, doze unidades de restauração, hipermercado, quatro salas de cinema, mil lugares de estacionamento grátis. Vai ser assim o novo shopping de Tavira, junto à porta Este da cidade, para fazer concorrência ao “La Plaza” de Ayamonte.
Em Olhão é o “Ria Park” que desafia o “Fórum Algarve”. Na Guia vai ser o novo “Gran Plaza” a concorrer com o “Algarve Shopping”. Em Portimão é o mega “Portimão Shopping” contra o “Modelo”.
Também Lagos terá, em breve, o seu “Lagos Shopping” ou “Fórum Lagos” ou coisa parecida.
Ouve-se falar que os novos centros comerciais “modernizam as cidades e o comércio, criam mais empregos, oferecem contrapartidas importantes.” Ah, e que, “com maior concorrência, os produtos baixam de preço” (importam-se de mo provar, por favor?)
Ouve-se dizer também que “não há razões para alarme entre os comerciantes locais.”
A realidade é que cada shopping elimina quatro empregos no comércio local por cada emprego (de baixa remuneração) que cria. A verdade é que centenas de pequenas empresas vão fechar, muitas delas de base familiar. Mas, “não há razões para alarme”...
Os shoppings viram as cidades do avesso. Onde hoje é o centro amanhã será um deserto. Onde hoje é a periferia amanhã haverá um shopping igual ao doutras cidades moribundas. Mas, “não há razões para alarme”...
Portanto, o futuro das principais cidades algarvias não é difícil de prever. Por este caminho, aumentarão as ‘cidades-fantasma’. E crescerá o desemprego e as desigualdades sociais.
Entretanto, no meio desta guerra de shoppings, encontra-se Vila Real de St.º António (VRSA), que tem uma política municipal que dispensa mais médias superfícies e shoppings e que criou uma Associação de Desenvolvimento da Baixa (ADB) para valorizar e dinamizar o comércio local.
A ADB organiza feiras para escoamento de stocks, promove o Memorial Gastronómico, em conjunto com restaurantes da Baixa, para valorizar as referências gastronómicas locais, faz animação de rua aos sábados com grupos artísticos de VRSA, realiza o Mercado Mensal em plena praça Marquês de Pombal no primeiro domingo de cada mês. E, com tudo isso, atrái milhares de pessoas à cidade.
A Associação incentiva a reocupação de prédios devolutos por novos estabelecimentos e ajuda os proprietários que os queiram reabilitar. Promove acções de formação para profissionais do comércio e restauração, colabora com a PSP em matéria de Segurança, divulga VRSA em Espanha, etc, etc.
A ADB também promove a cidade por via das artes – realizou um “I Encontro de Pintura” com quarenta pintores espanhóis e portugueses, um “I Concurso Fotográfico do Centro da Cidade” que reuniu trinta e seis trabalhos e doze fotógrafos...
Resultado: em menos de dois anos, a ADB já apoiou cerca de três dezenas de projectos de investimento e, no centro de Vila Real de St.º António, já abriram quinze novos estabelecimentos.
Isto quer dizer que VRSA acertou no caminho que escolheu para defender e valorizar a sua cidade.
Pena é que o Algarve todo não lhe siga o exemplo.

Árvore de Natal Gigante, Praça Marquês de Pombal, Vila Real de St.º António (Dez/2008). Fotos: 'Barlavento Online'.

22 dezembro 2008

Artigo de opinião publicado na edição de 18/Dez do jornal 'Barlavento'

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Notícia 'Barlavento' (18/Dez)

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16 dezembro 2008

PSD/Lagos entende que vereador deve entregar Pelouro das empreitadas municipais

O PSD/Lagos entende que, face à vontade do Ministério Público, conhecida há dias, de levar a julgamento todos os membros da Câmara citados no caso da adjudicação de ‘trabalhos a mais’ na empreitada do Complexo Desportivo Municipal, o vereador da área das empreitadas deve assumir as suas responsabilidades políticas e entregar o Pelouro. Os membros da Câmara –três vereadores PS a tempo inteiro e três vereadores PSD, não remunerados e sem pelouros– já foram notificados da intenção do Ministério Público de levá-los a julgamento e de condená-los a pagar multas individuais de 1920 euros e 1728 euros, respectivamente. Os sociais-democratas abstiveram-se na votação por dúvidas suscitadas na análise da documentação de suporte à deliberação e os ‘trabalhos a mais’ foram aprovados exclusivamente com os votos favoráveis dos socialistas.
Leia mais no 'Canallagos', aqui, no 'Notícias de Lagos Online', aqui, no 'Voz das Freguesias Online', aqui.

15 dezembro 2008

DN, rubrica 'Café Central', 12/Dez

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12 dezembro 2008

Sanitários do Parque da Cidade não podem servir só para enfeitar

Os dois sanitários do Parque da Cidade de Lagos encontram-se encerrados desde o princípio do mês de Dezembro e os utentes do equipamento têm de recorrer aos cafés localizados na vizinhança.
A situação está a causar indignação entre os utilizadores do Parque e transtornos significativos aos comerciantes da zona que, cansados da situação, reclamam pelo regular funcionamento daquele equipamento público, construído no âmbito do Programa Polis e inaugurado há pouco mais de um ano.
Enquanto não houver outra solução melhor, cabe à Câmara Municipal, através de serviços próprios, garantir a manutenção e vigilância dos sanitários, competindo-lhe destacar para o local funcionários em número adequado.

08 dezembro 2008

Não é ‘veneração’ mas é quase.

"O problema deste PS é a veneração e a deferência, quase temor reverencial, que sempre mostra para com os negócios dos muito ricos."
A frase é de Miguel Sousa Tavares e foi publicada no "Expresso" de 6 de Dezembro.
Três dias antes, na reunião de Câmara, o senhor Presidente acusou-me de ser contra a sociedade gestora da Marina de Lagos (só) pelo facto de eu não ter 'assinado de cruz', como ele fez, o ‘amén’ da Câmara à proposta de reformulação do “Plano Sectorial do Porto de Lagos”.
Tive e tenho dúvidas sobre o Plano. É do conhecimento público.
Acho que há formas melhores de conciliar interesses a favor da cidade. Tenho dúvidas sobre se o Plano cumprirá o PROTAL.
Tenho a certeza que teria sido melhor que o parecer da Câmara tivesse sido dado depois de haver um debate sobre o assunto. As diferenças entre esta proposta e a anterior são muitas e isso impunha-o.
Em apenas dois anos, o senhor Presidente mudou radicalmente a sua posição face ao Plano e, pelos vistos, acha que eu também deveria mudar a minha. Como ele próprio disse, "só os burros é que não mudam..." E ele já mudou, mas eu não.
No entendimento do senhor Presidente, eu serei (tão só) um 'anti-Marina', um 'anti-promotores', um ‘anti-agentes económicos’. E pronto, que não lhe ocorrem argumentos menos tontos!
Pecado meu? Vejamos.
Por que é que há dois anos fazia sentido reclamar um Plano que oferecesse à cidade uma moderna zona de recreio, lazer e diversão nocturna, e hoje já não faz?
Por que é que há dois anos fazia sentido reforçar a acessibilidade das duas margens da ribeira-canal através de uma nova travessia pedonal (em ponte ou em túnel, depois de estudada qual das opções 'casaria' melhor todos os interesses), e hoje já não faz?
Por que é que há dois anos fazia tanto sentido levar para o Porto de Lagos o Fórum dos Descobrimentos e aí garantir os espaços necessários para a construção de equipamentos públicos para actividades de investigação e desenvolvimento ligadas à cultura marítima de Lagos (construção de uma escola de desportos náuticos, um laboratório de arqueologia subaquática e um centro de interpretação da Lusofonia, p. ex.), e hoje já não faz?
Por que é que há dois anos até fez sentido convidar um famoso arquitecto brasileiro para imaginar uma nova ponte pedonal entre as duas margens da ribeira e hoje já não fará sentido pensar numa nova ligação pedonal entre as duas margens?
O que é que faz sentido, então?
Mudar de opinião ‘como quem muda de camisa’ e não cumprir compromissos eleitorais e políticos –o Fórum dos Descobrimentos e a reconversão do Porto numa moderna zona de lazer e animação nocturna são compromissos de cada uma das forças políticas representadas no Executivo municipal, ou não!?
Termos uma marina com capacidade ampliada e com um hotel de 4 ou 5 estrelas, como a que Lagos irá ter se este Plano for em frente, é positivo para cidade. Não há dúvida alguma sobre isso.
Mas há muitos caminhos para chegar ao mesmo destino, que é o mesmo que dizer que há outras formas de conciliar os interesses da sociedade gestora da Marina com o interesse público e com os compromissos políticos que os responsáveis municipais têm para com os lacobrigenses.
Talvez ‘veneração’ e ‘temor reverencial’ sejam expressões demasiado fortes para classificar a atitude do senhor Presidente e do PS/Lagos sobre o assunto.
Mas esquecer compromissos e exigências recentes e dizer só 'amén' às legítimas pretensões da Marina, não é, na minha opinião e no caso vertente, a melhor forma de defender os interesses do Município.
Lembrando-me do senhor Scolari pergunto só mais isto: "E o burro sou eu!?"
Foto: Dias dos Reis - http://www.nossoskimbos.net/

Notícia 'Barlavento': "Câmara de Lagos aprovou plano para reformulação da doca da cidade"

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04 dezembro 2008

Imprensa regional ('Jornal do Algarve', 4/Dez)

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03 dezembro 2008

Criar uma Entidade Coordenadora é fundamental para fortalecer Centro Histórico

A criação de uma Entidade Coordenadora do Centro Histórico para realizar e acompanhar acções que fomentem a vivência da Baixa da cidade e dinamizem o comércio e serviços é um projecto inadiável.
A ideia de uma Entidade Coordenadora faz parte dos planos da minha candidatura à Câmara Municipal e é inspirada no modelo das Unidades de Acompanhamento e Coordenação em funcionamento em várias cidades do país no âmbito dos programas URBCOM.
A Entidade Coordenadora, a formar entre uma associação de comerciantes e residentes e a Câmara Municipal, será uma plataforma permanente de informação e convergência de ideias para resolver problemas graves por que passa o centro da cidade de Lagos.
Informar atempadamente os utentes da Baixa sobre todas as intenções de investimento municipal no centro de Lagos e promover a sua discussão pública, acompanhar a elaboração de projectos de renovação urbana, bem como, contribuir para a promoção e animação do Centro Histórico, serão algumas das competências da Entidade.
Do conjunto das suas atribuições constará a identificação de necessidades e o desenvolvimento de acções de formação comercial nas áreas do atendimento ao público, publicidade, línguas e higiene e segurança alimentar, entre outras.

OUTRAS COMPETÊNCIAS DA ENTIDADE COORDENADORA:
–Ter um papel activo na auscultação de residentes, comerciantes e população em geral sobre todos os assuntos que respeitem ao Centro Histórico;
–Participar na gestão do estacionamento e dos horários de funcionamento;
–Fomentar encontros periódicos entre utentes para discutir problemas e sugerir ideias para a resolução dos mesmos.
Foto: Dias dos Reis - http://www.nossoskimbos.net/

02 dezembro 2008

Plano do IPTM compromete Pesca e projectos de Niemeyer para Lagos

O novo plano do IPTM para o Porto de Lagos não prevê capacidade de expansão para o sector da Pesca em virtude da afectação de áreas significativas da Doca para outras actividades, nomeadamente, náutica de recreio e marítimo-turísticas.
Igualmente, o Plano inviabiliza a concretização do Fórum dos Descobrimentos, projecto aprovado por unanimidade das forças políticas representadas no Executivo Municipal em 2006.
Leia mais no 'Canallagos', aqui, no 'Notícias de Lagos Online', aqui.