É preciso despoluir e tratar a ribeira de Bensafrim
Ninguém ficaria agradado com o que vi durante o passeio de barco que fiz no passado fim-de-semana na ribeira de Bensafrim. Margens sujas de lixo, água poluída, natureza e biodiversidade afectada. Um panorama algo desolador, ali mesmo à entrada da cidade de Lagos.
O passeio foi motivado por várias queixas que têm chegado ao meu conhecimento nas últimas semanas, feitas por um conjunto de pessoas de Lagos e de residentes da povoação de Portelas que suspeitam da existência de descargas para a linha de água de efluente alegadamente tratado de forma deficiente na ETAR, e que tais descargas estarão na origem dos maus cheiros que se fizeram sentir na zona como há anos não se sentia.
Durante a subida da ribeira, realizada na tarde de Sábado, pude constatar o elevado grau de sujidade da água em zonas onde seria de esperar que se visse o fundo, bem como, a acumulação de lixo e, nalguns locais, o aspecto de verdadeira ‘natureza morta’ das margens da ribeira, apesar de nessa tarde o mau cheiro não se ter feito sentir de forma especialmente anómala.
O passeio foi motivado por várias queixas que têm chegado ao meu conhecimento nas últimas semanas, feitas por um conjunto de pessoas de Lagos e de residentes da povoação de Portelas que suspeitam da existência de descargas para a linha de água de efluente alegadamente tratado de forma deficiente na ETAR, e que tais descargas estarão na origem dos maus cheiros que se fizeram sentir na zona como há anos não se sentia.
Durante a subida da ribeira, realizada na tarde de Sábado, pude constatar o elevado grau de sujidade da água em zonas onde seria de esperar que se visse o fundo, bem como, a acumulação de lixo e, nalguns locais, o aspecto de verdadeira ‘natureza morta’ das margens da ribeira, apesar de nessa tarde o mau cheiro não se ter feito sentir de forma especialmente anómala.
No nosso entendimento, a situação justifica solicitar esclarecimentos a quem de direito, inclusivé, à empresa ‘Águas do Algarve’, dona e gestora da ETAR. É o que vou fazer.
Recordo, com alguma decepção, que há oito anos atrás foi desencadeado pela Câmara Municipal de Lagos, em parceria com o Instituto da Água, um processo que visava uma intervenção ambiental integrada de qualificação das margens da ribeira de Bensafrim, entre a ponte D. Maria e o Paúl, processo que parece ter sido abandonado mas que se impõe retomar com o objectivo de despoluir e qualificar aquele troço da ribeira, pondo-o à disposição dos cidadãos para actividades de interpretação ambiental e de lazer nas margens e no plano de água compatíveis com a elevada sensibilidade do ecossistema da zona húmida e sapal.
Recordo, com alguma decepção, que há oito anos atrás foi desencadeado pela Câmara Municipal de Lagos, em parceria com o Instituto da Água, um processo que visava uma intervenção ambiental integrada de qualificação das margens da ribeira de Bensafrim, entre a ponte D. Maria e o Paúl, processo que parece ter sido abandonado mas que se impõe retomar com o objectivo de despoluir e qualificar aquele troço da ribeira, pondo-o à disposição dos cidadãos para actividades de interpretação ambiental e de lazer nas margens e no plano de água compatíveis com a elevada sensibilidade do ecossistema da zona húmida e sapal.
Esta é a ideia que defendo.
PS: A ETAR de Lagos é uma das infra-estruturas mais avançadas do país em matéria de tratamento de águas residuais. O equipamento foi construído e financiado pela autarquia e fundos comunitários e permitiu ganhos ambientais muito significativos, eliminando as descargas de efluente não tratado na ribeira e os maus cheiros que era comum sentir na cidade, reaproveitando o esgoto tratado com vista à sua utilização na rega de espaços verdes. Até há três anos atrás a ETAR era gerida pelo município que a alienou à empresa “Águas do Algarve” por mais de onze milhões de euros, empresa à qual compete actualmente a sua gestão.
PS: A ETAR de Lagos é uma das infra-estruturas mais avançadas do país em matéria de tratamento de águas residuais. O equipamento foi construído e financiado pela autarquia e fundos comunitários e permitiu ganhos ambientais muito significativos, eliminando as descargas de efluente não tratado na ribeira e os maus cheiros que era comum sentir na cidade, reaproveitando o esgoto tratado com vista à sua utilização na rega de espaços verdes. Até há três anos atrás a ETAR era gerida pelo município que a alienou à empresa “Águas do Algarve” por mais de onze milhões de euros, empresa à qual compete actualmente a sua gestão.
3 Comentários:
Nuno, Tantos paninhos quentes para quê? Não há que ter medo de dizer que as Águas do Algarve estão a fazer descargas ilegais na ribeira!!! Eu já vi e já cheirei!
"O Homem do leme"? ah ah ah
Pá, tens carta de marinheiro??
Abraço do Padrinho
E quem não cheirou?
http://cidadelagos.blogspot.com/
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