Este ano é provavelmente o último em que é possível desfrutar deste agradável cenário natalício.
Daqui por um ano, muito provavelmente, o "Jardim da Constituição de 1976", já não existirá.

No seu lugar, em vez do habitual verde da relva e das árvores adultas teremos uns bizarros 'jogos de água'.
Um 'lago virtual', como lhe chamaram em tempos os padrinhos da ideia. Os mesmos que sempre disseram que isso era mentira, que jamais o jardim e a praça do Infante seriam invadidos pela água.
Ao que tudo indica, as obras da pomposamente chamada 'requalificação da Frente Ribeirinha de Lagos' vão avançar em 2006 para terminarem em 2008/09.
Da bem intencionada ideia original, que consistia fundamentelmente num "lavar de cara" a um espaço com quase meio século de existência, nada resta.

De um projecto de genuína preservação e reabilitação do local, tudo evoluíu para uma insólita pós-modernice.
Um projecto que custará ao erário público a módica quantia de 7.391.155 euros, se os números do Plano Plurianual de Investimentos para 2006 forem verdadeiros.
Mais. Um projecto que ninguém sabe ao certo quanto custará mantê-lo depois de inaugurado.
Por tudo isso e outras coisas mais - como mudar o Infante de sítio, p. ex. -, um erro. Uma obstinação.
No fundo, uma tolice.