Vamos à Baixa?
Foto: 'Barlavento Online'. Árvore de Natal Gigante, Praça Marquês de Pombal, Vila Real de St.º António (Dez/2008).
I
Maravilhados há décadas pelo belo espectáculo de vermos as cidades iluminadas a preceito, não é de estranhar que o desinvestimento generalizado nas luzes de Natal, somado à contingência deste ter sido o primeiro de uma série de anos mais austeros e menos felizes que se seguirão, tenha contribuido para empobrecermos o nosso imaginário colectivo sobre esta época e, certamente, sugerido a alguns de nós a desagradável ilusão de nem estarmos no Natal.
Com o tempo, em algumas cidades algarvias, foram-se perdendo as razões de ser das suas centralidades seculares –consequência, nuns casos, do aparecimento de grandes superfícies comerciais que fizeram das periferias centros e dos centros periferias, noutros casos, de menos felizes opções de deslocalização de equipamentos públicos centrais que inviabilizaram lojas e serviços à sua volta–, a verdade é que, se outras razões não houver, ao menos a prática anual da decoração natalícia pública apela à nossa revisitação dos centros das cidades, do seu comércio e património, incentivando-nos e ao Turismo da época a respirar o seu carisma.
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