Insuspeito

Ambiente e Urbanismo. E-mail: nunomarques2009@gmail.com. Também no FACEBOOK, em www.facebook.com\nunomarques2009.

22 janeiro 2009

Entrevista ao jornal Notícias de Lagos (edição de Jan/09)

NL – Apresentou em 31 de Outubro a sua candidatura oficial pelo PSD à presidência da Câmara Municipal de Lagos, sendo assim o primeiro rosto e a primeira força partidária lacobrigense. Por que razão escolheu Outubro, em tempo de comemorações das festas da cidade e ainda a um ano das eleições autárquicas, quando não se conhecem outros candidatos para Lagos e distante das apresentações de outras candidaturas sociais-democratas?
NM – Os lacobrigenses sabem que andamos pelo nosso próprio pé e temos a nossa própria agenda política. Programámos essa data, entre o Verão e a época natalícia, para a apresentação da candidatura e acertámos em cheio. Tivémos a casa a rebentar pelas costuras e fizémos uma grande manifestação da social-democracia em Lagos como há muito não se via.
I
NL – Fez questão de desafiar Manuela Ferreira Leite, mas face ao silêncio da líder nacional laranja, parece ter-se “vingado” ao optar pela presença e alternativa do “rival” Pedro Passos Coelho?
NM – Nem sempre o que parece é. A Dr.ª Manuela Ferreira Leite foi convidada mas não pôde vir e, com naturalidade, ponderámos o nome doutras personalidades, entre as quais, Pedro Passos Coelho, que muito nos honrou com a sua presença. Não houve vingança nenhuma.
II
NL – Um jornal local fez eco negativo da sua candidatura, apelidando-a de segunda versão, considerando que já se tinha perfilado anteriormente a propósito da vinda a Lagos de Luís Filipe Menezes, ex-líder do PSD nacional. E ainda acusa Nuno Marques de alegados comportamentos menos adequados na apresentação da marca da sua candidatura. Estas notícias vieram de alguma forma denegrir a sua imagem e beliscar a sua candidatura às autárquicas 2009?
NM – Tudo o que esse jornal inventa sobre mim tem o objectivo de me diminuir e difamar. Mas, como é um jornalismo de ‘paparazzi’ e de sensacionalismos baratos, as pessoas não dão muito crédito. Muito estranho é que seja o único jornal que factura à Câmara cerca de 50.000€/ano, o que dá para desconfiar. E como tive coragem e denunciei essa flagrante desigualdade de tratamento da Câmara para com os outros órgãos de comunicação, passei a ‘ódio de estimação’ do seu director.
I
NL – À margem de hipotéticas polémicas, a noite de apresentação da sua candidatura mereceu sala cheia. Acha que a boa adesão serve de algum modo de barómetro à sua popularidade, pelo menos no partido, embora também se cogite que havia muita gente presente de fora do concelho de Lagos?
NM – O êxito que o jantar de apresentação teve foi mais uma prova de vitalidade, união e abrangência da nossa candidatura. E não teve mais gente porque não cabiam. Mais do dobro das pessoas eram de Lagos. E maior fosse a sala e mais gente de cá e do resto do Algarve teria lá ido. Fiquei muito contente com a adesão retumbante. É sinal de que as pessoas em geral têm apreço e simpatia por mim e pela nossa candidatura.
I
NL – Aproveitou a ocasião para anunciar o n º 2, Joaquim Rocha. Considera que é um trunfo especial devido ao facto de ser um rosto popular enquanto antigo dirigente da administração autárquica, figura do associativismo e jurista da nossa praça?
NM – Considero que sim. A credibilidade, experiência e o percurso de vida de Joaquim Rocha fazem dele uma excelente escolha para a vice-presidência. Poucas pessoas em Lagos reunem tantos atributos como ele para o cargo.
I
NL – Porém, não deu a conhecer a candidata n º 3. Será porque não conseguiu à data encontrar a mulher ideal para fazer parte da sua equipa, ou prende-se com a estratégia já definida para, na altura certa, noticiar os restantes candidatos aos vários órgãos autárquicos?
NM – Os primeiros quatro lugares da lista para a Câmara estão definidos. E, tal como Joaquim Rocha, as outras duas pessoas, cujos nomes serão tornados públicos em breve, possuem credibilidade, notoriedade e competência inquestionáveis.
I
NL – Pegando nos distintos órgãos a que o PSD se submete às urnas nas autárquicas de 2009, há quem cogite que ainda restam dúvidas acerca do futuro candidato à presidência da Assembleia Municipal, na expectativa de que Valentim Rosado aceite assumir tal candidatura em detrimento do actual líder da bancada laranja, Nuno Serafim. Como comenta?
NM – Face à estratégia que gizámos, a escolha do cabeça-de-lista à Assembleia Municipal não é uma prioridade no âmbito do processo de elaboração das listas. Temos tempo para pensar e amadurecer esse assunto.
I
NL – Valentim Rosado é uma referência do PSD local, ex-presidente da Câmara Municipal durante 12 anos, ex-Governador Civil do Algarve e primeiro lacobrigense a assumir este cargo, e parece que a sua popularidade ainda subsiste em Lagos. Acha credíveis certos rumores que correm por aí, ou serão apenas meros boatos para desestabilizar o PSD, a obstinação ou obsessão de Valentim Rosado de pretender ser de novo o candidato laranja à presidência da Câmara de Lagos?
NM – É uma boa graça... O que tenho a dizer sobre isso é que a candidatura está homologada pela Dr.ª Manuela Ferreira Leite. E que José Valentim votou a meu favor para candidato à Câmara. Tudo o resto são meras provocações.
I
NL – Nuno Marques afirmou na apresentação da marca da candidatura que não era apenas um candidato pelo PSD, mas que estava aberto às forças vivas, à abrangência “Por amor a Lagos”. Que sinais tem da adesão dos lacobrigenses em torno da sua candidatura?
NM – O projecto do PS está esgotado e as políticas de Júlio Barroso não criam riqueza. A dívida galopante, a falta de critério na despesa e a quebra acentuada das receitas provocarão feridas graves nas finanças municipais que exigirão medidas extraordinárias. Dos cidadãos ouço dizerem que estão cansados de promessas incumpridas e de ver o dinheiro dos seus impostos mal empregue em luxos e serventias. Há uma grande desilusão. As pessoas estão cansadas de serem discriminadas por não jurarem obediência ao senhor presidente. Os cidadãos estão ansiosos pela libertação do concelho desse tipo de amarras anti-democráticas. Isso, somado à credibilidade do nosso projecto, são os ingredientes de base que os levarão a confiar em nós e a optar pela mudança em Outubro próximo.
I
NL – O recente episódio com o designado “Movimento Todos por Lagos”, não veio em má altura, acusando-o de aproveitamento partidário e de colagem às reivindicações dos comerciantes e residentes do Centro Histórico, e mesmo o já chamado ‘suicídio político’?
NM – Respeitamos muito o Movimento e partilhamos da sua indignação quanto ao efeito devastador que as obras dos parques de estacionamento estão a causar às vidas de tantos lacobrigenses. Mas é óbvio que não vamos deixar de dizer o que acharmos, quando o entendermos, pelo facto de ter passado a existir o Movimento. Tal como o Movimento não tem de nos pedir licença para agir. São organizações distintas e com esferas de actuação autónomas e assim vai continuar a ser.
I
NL – À margem do polémico comunicado sobre a criação de uma entidade coordenadora para defesa e valorização do Centro Histórico, o PSD local e Nuno Marques, à Comunicação Social veiculam uma panóplia de notas de imprensa acerca das mais diversificadas matérias. As vossas denúncias, reivindicações, propostas e sugestões chegam ao eleitorado lacobrigense?
NM – As pessoas acham que cumprimos bem o nosso papel. E face aos meios de que dispomos, achamos que os resultados são bons. É importante referir que nós não nos servimos dos meios da Câmara para divulgar as nossas mensagens. Relevo também o vosso reconhecimento de que fazemos propostas e sugestões, o que significa que não somos uma Oposição de ‘bota-abaixo’ como diz o senhor presidente. É essa atitude construtiva e crítica que faz de nós uma Oposição séria e credível e uma candidatura preparada e capaz. Somos a única alternativa possível ao actual presidente da Câmara.
I
NL – Do vasto pacote de comunicados do partido social-democrata, tomamos nota de alguns temas que estão na ordem do dia e que têm gerado polémica...
NM – ... É sinal que marcamos a agenda política. E se geram polémica é porque a mensagem chega às pessoas e que muitos identificam-se com aquilo que dizemos...
I
NL – ... Enquanto político e na qualidade de urbanista, como analisa a ausência de PDM em Lagos?
NM – É possível pôr um novo PDM em vigor, amplamente participado, em seis meses a contar do dia da minha tomada de posse como presidente da Câmara. É isso que me proponho fazer. Depois, entendo que ter passado sete anos a apontar o dedo a outros Executivos e não ter conseguido pôr o PDM em vigor é algo que deveria fazer pensar duas vezes o senhor presidente antes de acusar quem quer que seja de ‘bota-abaixo’. A realidade é que, sem PDM, não há ordenamento na maior parte do território concelhio. A verdade é que a falta de PDM gera suspeições indesejáveis sobre a Câmara. É assim quando não há regras claras. Já para não falar do desprestígio que é sermos o único concelho do país sem PDM.
I
NL – São muitas as críticas em relação ao já apelidado “vírus do betão” na Meia Praia e no Porto de Mós. Qual a sua visão sobre matéria tão sensível?
NM – A aposta para o futuro é a requalificação e a reconversão urbanística, não a expansão. Temos de parar de pressionar a nossa costa e defender a nossa excepcional paisagem. E não sermos hipócritas ao ponto de falarmos contra o ‘betão’ e, nas costas das pessoas, aprovarmos planos que prevêem o contrário. Se o senhor presidente é contra a construção no Porto-de-Mós, por que é que não suspendeu imediatamente o plano existente assim que chegou à Câmara? Poderia tê-lo feito, mas não fez. E quanto à futura urbanização da Fonte Coberta, com prédios de oito pisos? E à construção de prédios na “Horta Salvador Mateus”, dentro da área de protecção às Muralhas? Estão ambas previstas no novo PGU que o senhor presidente defende. Por isso é que eu não entendo quando o ouço acusar outros por causa do excesso de ‘betão’.
I
NL – Outro caso que levanta celeuma prende-se com a reformulação da Doca Pesca. Afinal, sempre vai ser erguido um hotel com 12 pisos e que proposta tem o PSD para o Porto de Lagos?
NM – A proposta que defendemos para o Porto é a que foi alvo de consenso na Câmara, há dois anos, com a condição de construção de uma nova travessia pedonal entre as duas margens do canal. Agora, Júlio Barroso mudou de opinião e está a favor de um plano que prevê a cedência de um terreno público do Porto, sem concurso público, a uma respeitável empresa privada, para construir um hotel, no âmbito de um negócio do género do terminal de contentores de Alcântara, em Lisboa... Bem, já tinha assistido a muitas ‘cambalhotas’ do senhor presidente mas como esta ainda não tinha visto nenhuma!
I
NL – A já famosa “derrapagem” na empreitada do complexo desportivo municipal levou mesmo a que o PSD de Lagos pedisse que o Vereador responsável abandonasse o respectivo pelouro, face à decisão do Tribunal de Contas que leva todo o executivo municipal a tribunal. Porquê a cabeça do vereador e não do Presidente da Câmara Municipal enquanto responsável máximo?
NM – É o vereador, e não o Presidente, que detém as competências da Câmara em matéria de empreitadas municipais. Seria natural que fosse ele a assumir as responsabilidades e a entregar o Pelouro que deixou de ter condições para ter.
I
NL – Já agora, que balanço faz das empresas municipais ‘Lagos em Forma’ e ‘FuturLagos’?
NM – Faz sentido criar uma Sociedade de Reabilitação Urbana para recuperar e valorizar o Centro Histórico, as vilas e as povoações porque, sem a criar, o município não pode dispôr de certos instrumentos para reabilitar o edificado. Por isso, apostaremos numa empresa municipal desse género. Quanto às existentes, continuo a achar que Lagos não precisa das empresas municipais que tem e que pouco mais servem do que para encapotar dívidas e diminuir a transparência de processos de obras e contratos de milhões, por um lado, e para duplicar estruturas de recursos humanos, por outro.
I
NL – O combate à pobreza parece ser ponto de honra e uma das principais prioridades do candidato Nuno Marques. Que diagnóstico fez sobre o concelho de Lagos e que medidas propõe para atenuar a crise e ajudar os mais desfavorecidos?
NM – O combate à pobreza deveria ser uma prioridade de todos, porque há dois milhões de pobres em Portugal, 100.000 no Algarve! O empobrecimento geral exige das Câmaras Municipais uma atenção e um esforço financeiro suplementar para acudir ao esperado aumento dos pedidos de auxílio. Interessa-me que a Câmara volte a trabalhar em conjunto com as IPSS e tenha uma política que garanta a igualdade de acesso a tais benefícios a todos quantos precisem de ajuda, o que hoje não acontece. Depois, a política social municipal não pode limitar-se ao assistencialismo. É preciso ambicionarmos reintegrar as pessoas na sociedade, ajudá-las a ter ou a recuperar o seu auto-sustento. E garantirmos os meios financeiros para tal prioridade política, o que implica gastar melhor e com critério cada cêntimo do dinheiro público. A propósito, o colapso financeiro da Santa Casa da Misericórdia, consequência do mesmo tipo de gestão que Júlio Barroso faz na Autarquia, é um alerta muito sério àquilo que pode acontecer às finanças da Câmara Municipal.
I
NL – Ainda a propósito da crise que atravessamos, que medidas tem em carteira para acudir e depois potenciar as empresas locais, e ao mesmo tempo atrair novos investimentos para Lagos?
NM – Como é óbvio, não compete à Câmara resolver a crise mundial. Mas se este Executivo tivesse cumprido os seus compromissos na área económica e se o Município seguisse a política fiscal que defendemos, hoje estaríamos muito melhor preparados para enfrentá-la. Entre outros, foi um erro não ter avançado com os parques industriais de Bensafrim, Almádena e Odiáxere ou com a ampliação do parque do Chinicato. Como medida de urgência, ter adiado as obras dos dois parques de estacionamento seria a opção mais lógica e vantajosa para todos: para as empresas, que não sofreriam tantos prejuízos, e para a Câmara, que não concentrava tantas dívidas. Independentemente da crise, nos casos em que as obras públicas afectam as empresas e o emprego, a minha visão é que devêmo-las compensar, por via dos impostos municipais e das tarifas de água, ocupação da via pública ou outras. É assim que acontece por essa Europa fora.
I
NL – Como interpreta a vinda de mais de uma dezena de empreendimentos turísticos para Lagos?
NM – Espero que sejam mais do que anúncios. Veja o que aconteceu com o ‘Projecto Eriksson’... E também espero que haja financiamentos para os construir e clientes suficientes para tantos hotéis. É que, no Algarve, a hotelaria de quatro e cinco estrelas é um dos tipos de empreendimento que regista maiores quebras... A nossa promoção turística também não está a resultar e essa é outra política que vamos mudar. É preciso uma estratégia própria e consistente de promover o concelho. Não é despejando dinheiro avulso em publicidade, como a Câmara fez no Autódromo, que vamos conseguir bons resultados. Vamos voltar a trabalhar esse e outros dossiês no âmbito intermunicipal, em conjunto com Aljezur e Vila do Bispo, e dar outro impulso à Associação Terras do Infante.
I
NL – E quanto às anunciadas grandes superfícies para o Município lacobrigense, o que é que tem a dizer disso?
NM – A construção, em Lagos, de um Centro Comercial do tamanho do da Guia e de um Retail Park, no Chinicato, é um disparate. Esse tipo de grandes superfícies matam as cidades e não criam riqueza. Os estudos apontam para que, por cada emprego criado, precário e de baixa remuneração, perde-se uma loja e quatro empregos no comércio local. À custa disso, as cidades ficam moribundas, sem animação, sem comércio, sem vida alguma. Portimão também apostou muito nas grandes superfícies e shoppings mas as consequências não são as melhores: neste momento é o concelho líder do desemprego na região! Portanto, não será com o meu voto que o mesmo acontecerá em Lagos.
I
QUESTINÁRIO RELÂMPAGO
NL – Embora ainda a pouco menos de um ano das autárquicas de 2009, em que temos agendadas entrevistas e reportagens pontuais com todas as forças políticas e onde emergirão novos desenvolvimentos políticos, entendo, no entanto, ser oportuno desafiá-lo para um questionário relâmpago:
1 – Acha mesmo que tem condições para que o PSD retome o poder em Lagos?
Acho que sim. E não me considero um ‘extra-terrestre’... Em 1989, o PS também afiançou que ganhava ao PSD por cinco vereadores a dois mas, no fim de contas, perdeu as eleições.
I
2 – Ficaria mais aliviado se, por ventura, Júlio Barroso não se recandidatasse?
Quem disse que estou aflito com o facto dele se recandidatar?
I
3 – Diga lá, em abono da verdade, se o executivo socialista não realizou algumas obras importantes para Lagos ao longo de dois mandatos?
Em abono da verdade, não só fez algumas obras importantes como deixará uma herança importante de dívidas para nós, os nossos filhos e os nosso netos pagarem, se entretanto não tiverem emigrado.
I
4 – O que é que espera das queixas que o PSD apresentou à IGAT, IGAL ou ERC contra o Executivo socialista liderado por Júlio Barroso?
Espero que, pelo menos, se faça justiça em tempo útil que é algo que, infelizmente, é raro acontecer em Portugal.
I
5 – A CDU diz que tem condições para retirar a maioria absoluta ao PS. Considera que uma CDU mais forte favorece o PSD?
A esquerda verdadeira e séria não está representada em todos os órgãos municipais e é importante que volte a estar. Uma CDU e um Bloco de Esquerda fortes favorece Lagos e a qualidade da Democracia local.
I
6 – Acha que tantas polémicas partidárias, locais e nacionais, e a crescente descredibilidade da classe política apontam para a subida da abstenção?
Acho que sim, mas não enfio a carapuça de guerrilheiro político nem de contribuinte da descredibilidade da classe política.
I
7 – Manuela Ferreira Leite ou Pedro Passos Coelho?
Gostava de ver Pedro Passos Coelho à frente do PSD.

3 Comentários:

Às 2:42 da tarde , Anonymous Anónimo disse...

Que grande horda que vocês são...

 
Às 11:30 da manhã , Blogger Frederico disse...

Não posso concordar quando se esforça por ver sempre algo de errado com todas as grandes obras do actual Presidente da Câmara - «Em abono da verdade, não só fez algumas obras importantes como deixará uma herança importante de dívidas (...)».
No entanto, gostaria de saber o que fará para acabar ou diminuir a crescente dependência de Lagos face a Portimão. Enquanto lacobrigense é um pouco chato (para não dizer mais) saber que se quero ter um filho tenho de ir para Portimão; se estou doente tenho de ir para Portimão; se quero ver um filme no cinema (um filme mainstream) tenho de ir a Portimão; etc..
Só mais uma coisa: um hospital com mais funções, um centro comercial (é um falso mito que mata cidades - http://www.observatoriodoalgarve.com/cna/noticias_ver.asp?noticia=22815), um pólo universitário, seriam uma força de atracção de gentes, de negócios e seria muito importante, também, para Aljezur, Vila do Bispo e até Odemira. Lagos é um concelho com cerca de 30 000 habitantes, mas que na pratica serve mais de 40 000 (face ao que disse sobre a nossa dependência face a Portimão, é algo irónico, não é?).

 
Às 11:38 da tarde , Anonymous João disse...

Sou lacobrigense, e não sendo militante de nenhum partido não posso concordar com este «diz que disse»,e acrescento que tanto o actual presidente Júlio Barroso, como o anterior presidente Valentim Rosado fizeram obras relevantes nos seus mandatos, no entanto, não posso consentir que se critique a implementação em Lagos de um Centro Comercial tipo Guia com o argumento de vir 'matar uma cidade'. Isso foi o que fez Valentim Rosado (PSD) quando não permitiu a aposta do ensino superior, nomeadamente a PIAGET (que Silves agarrou e bem), que sim, traria VIDA à cidade, riqueza para o comércio, novas oportunidades de arrendamento para senhorios combatendo a típica sazonalidade (só para turistas), animação de rua, vida nocturna, e atracção do investimento e de novos residentes. Lagos estaria por certo mais desenvolvida. A vinda de um retail park será igualmente benéfico. Os lacobrigenses e todos os residentes no triângulo das terras do infante, andam a 'dar' dinheiro ao comércio portimonense, oferecendo de graça milhões de euros que saindo dos concelhos mais pobres do Algarve não têm retorno, e caso não se invista aqui, continuarm a alimentar concelhos vizinhos como Portimão e Albbufeira que continuarão a crescer à Nossa custa, incluindo do Sr. Candidato Nuno Marques, que por lá já se passeou concerteza, e já lá deve ter deixado a sua contribuição. Para além disto, é preferível a meu ver termos novos 3000 empregos no concelho, mesmo precários e não duradouros, a mais 3000 desempregados, por não haver oferta no mercado de trabalho lacobrigense.

Abram os olhos minha gente....abram os olhos!

 

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